“Bogotá não é uma cidade fácil”, avisaram-nos o Tiago e a Luísa, portugueses amigos do Pedro, que nos receberam com excelência na capital da Colômbia.
Para nós, que não temos que viver nela, enfrentar horas de ponta, idas às compras ou saídas forçadas em dias de chuva (que abundam) para ir trabalhar, não representou complicações de maior. Aliás, a recepção em casa de amigos foi tão acolhedora que nos sentimos mimados, ao ponto de eu (Sara) por uma semana poder variar da minha roupa habitual, graças à bondade e entusiasmo de me embonecar da Luísa.
Durante a estadia fomos conhecendo algumas partes da cidade, que é imensa, e evitando outras, não aconselháveis a turistas ou mesmo a locais que queiram evitar problemas, viajando por várias horas no Transmilénio, o metro de superfície que une a cidade, descansando, e visitando os centros comerciais que aparecem a cada esquina e são sempre um bom antídoto contra o frio e a chuva e um tirar a barriga de misérias de ver lojas familiares ou mesmo ir ao cinema.
A Candelária é o centro histórico recuperado e reconstruído, devido a incêndios ou insurgências populares, e também o bairro onde está o Governo, o Presidente e o Tribunal Superior. No seu seio alberga ainda a Fundação Gabriel Garcia Marquéz e o Museu Botero. com muitas pinturas, colecções de arte moderna e contemporânea e o Museu da Casa da Moeda.
Completámos a nossa visita com mais dois museus, o Museu Nacional, que tem casa numa antiga penitenciária e o fabuloso Museu do Ouro, que exibe parte do espólio indígena que os espanhóis não conseguiram derreter e enviar para o seu país em barra.
Outros ex-libris da cidade são Monserrate, a mais de três mil metros de altitude, onde se sobe de teleférico para a montanha que limita Bogotá a este e o mercado de Palo Quemao onde observámos todo um manancial de frutas e verduras pouco habituais no nosso país.
Para além da Luísa e do Tiago, e quase por uma conjugação estelar rara, pudemos receber a visita da minha amiga Mafalda, que vinha de férias com a mãe, também Mafalda, e que além de uma enorme encomenda de produtos portugueses (já lá vão dezasseis meses sem bacalhau, farinheira, azeite dos meus avós ou pastéis de nata…) tanto me alegrou com a sua presença e passámos horas incontáveis a conversar como se a última vez que nos vimos tivesse sido há menos de um mês.
Estar tão perto de amigos e de Portugal é uma alegria, mas ao mesmo tempo parece que as saudades de casa ficam ainda maiores!
“Bogota is not an easy city”, warned Tiago and Luísa, portuguese and Pedro’s friends, who received us with excelence at the capital city of Colombia.
For us, and because who don’t have to live in it, face the rush hour, the grocery shopping or going to work on rainy days, it was rather uncomplicated. In fact, the reception at our friends house was so warm that we felt spoilt to the point that I (Sara) was able to change my regular clothes, due to the Luisa’s kindness and her enthusiasm in making me look pretty.
During our time here we got to visit some parts of the city, that is huge, and avoid some recommendable ones, we travelled long hours on the Transmilenio (the surface metro that joins the city), we rested and we visited the ubiquitous shopping malls trying to avoid the cold, sometimes the rain, and enjoying some familiar stores or going to see a movie.
Candelaria is the downtown and recuperated historic district, which due to some fires or popular rebellions was aldo rebuilt a couple of times. It is also the neighborhood where the government, the president and the superior court are located. In the middle of it we can find Gabriel Garcia Marquéz Fundation and the Botero museum with lots of paintings, modern and contemporary art colections and the money museum.
We completed our visit with two other museums, the National Museum, located at an old jail and the amazing Gold Museum, that shows pieces of indigenous art, who were able to survive the spanish and their lust for melting them and send them home in the form of bars.
Other two ex-libris on the city are Monserrate, at over three thousand meters of altitude, where we climbed on a cable car to the mountain that limits the city on the esat, and the Palo Quemao market, where we observed a whole lot of different fruits and vegetables, so different from the ones we see at home.
Besides Luísa and Tiago, and due to some almost weird coincidende, we could receive the visit of my friend Mafalda, who was traveling with her mother, aslo Mafalda, who brought us a huge package with some fine produce from our motherland (it’s been already sixteen months since we have last eaten some of those delicacies). But the best of course, was the joy of seeing my friend and talk and talk and talk, as if the last time we have seen each other was just a month ago.
Being so close to good friends and to Portugal is a true pleasure, but at the same time we can’t avoid missing home!