Durante grande parte da minha vida sempre achei que utensílios, equipamento ou material muito especializado e dispensioso eram um desperdício de dinheiro.
Nunca tive um carro xpto, o último grito da tecnologia ou mesmo a melhor roupa para fazer ginástica ou para trabalhar. Tenho impressão que o melhor investimento que fiz foi no colchão onde durmo todas as noites, dada a importância de um bom descanso e também pelas longas horas que gosto de passar em cima dele.
No entanto, ao preparar esta viagem apercebi-me do quão importante pode ser ter um bom equipamento. Nestes casos em que tem que se lidar com a Natureza de forma constante e sem o abrigo de uma casa, o equipamento pode contribuir, em muito, para o nosso estado de espírito. É a diferença entre ficar encharcado ou seco, com frio ou quentinho, com dores ou sem dores (com algumas excepções, claro!), a andar de forma regular ou a sentir o peso de todos os gramas transportados, e por aí fora.
Fiquei muito contente com a maior parte das nossas escolhas. Foi muito bom poder andar de bicleta à chuva e saber que quando abrisse os alforges todos os meus (poucos) pertences iam estar sequinhos à minha espera, que ia ter um bom casaco para me agasalhar à noite ou que não ia passar frio a dormir numa tenda.
No fundo é uma questão de conforto, pelo que continuo com uma dúvida existencial em acrescentar à lista de material uma peça que melhora, em muito, o meu conforto, sobretudo no inverno, mas que na maioria dos casos pode vir a revelar-se supérfluo. Levo, ou não, um secador de viagem?
Tags: equipamento
Leva um baratinho, Sara. Se vires que nunca o usas, oferece-o a alguém! 🙂