Salento

Chegámos a Salento com a perspectiva de passar um dia de descanso, na tranquilidade da pequena aldeia, mas como sempre, os nossos planos foram alterados radicalmente quando decidimos ficar no hostel La Casona. Incluído no preço do quarto estava o Estefan, um guia cheio de energia, providenciado pelo hostel, com vontade de nos mostrar coisas novas todos os dias.

E foi assim que dez minutos antes de termos que estar a sair nos bateu à porta do quarto a perguntar se queríamos ir ao Valle de Cocora. Com tudo arrumado à pressa, lá rumámos à praça central, comprámos o pequeno-almoço e mais uns snacks para o almoço e em menos de nada estávamos na traseira de um Willys, os míticos jipes dos anos 50, que por estas bandas servem como transportes públicos.

O vale de Cocora é das principais atracções da zona de Salento e percebe-se facilmente porquê. Rumando em passo acelerado por campos verdes de pastagem entre as montanhas, fomos dar a uma cascata com água daquela que gela os ossos, onde alguns se banharam com mais facilidade que outros. O caminho prosseguia depois rio acima, umas vezes na margem, outras sobre as pedras, algumas vezes atravessando pontes suspensas, outras esperando que passassem algumas vacas ou que toda a gente enchesse as suas garrafas na nascente, e por fim uma subida íngreme levava-nos a um dos picos, onde a vista sobre o vale era ampla e reclamámos o merecido descanso e fôlego.

A descida foi suave, em terra batida, teria sido perfeito para a bicicleta, mas mesmo assim fomos descendo tranquilamente, parando em cada miradouro, até chegarmos à zona das palmeiras de cera, a árvore nacional da Colômbia, que pode chegar aos oitenta anos, e que está em vias de extinção graças à desflorestação para criação de gado.

O dia seguinte não seria menos emocionante, embora ainda mais instrutivo, com uma visita a uma reserva natural, criadas por um inglês e um colombiano, onde aprendemos sobre os guaduas, os bamboos gigantes que crescem nesta zona e que podem ser usados na construção de casas ou em mobílias. O seu processo de corte implica estar em consonância com a lua, por causa das marés, esperar que seque, não cortar a “mãe”, e depois de vários actos diferentes está finalmente pronto para usar, durando cerca de 25 anos, mas às vezes muito mais, se não apanhar sol ou água.

O passeio continuou por uma quinta de café, onde abastecemos o nosso stock e por um fantástico banho de rio, com a temperatura vários graus acima do dia anterior.

E que dizer de Salento? Provavelmente é o nosso sítio preferido na Colômbia, com as suas casas coloridas, a sua tranquilidade silenciosa, a sua espectacular localização nas montanhas, e a truta disponível a todas horas, uma benção para os amantes de peixe, neste país onde a carne é rainha.

IMGP1968

IMGP1971

IMGP1982

IMGP1988

IMGP1999

IMGP2010

IMGP2015

IMGP2028

We reached Salento with the prospect of spending a day of rest, in the tranquility of the small village, but as usual, our plans were radically changed when we decided to stay at the hostel La Casona. Included in the room price was Estefan, a guide full of energy, arranged by the hostel, wanting to show us new things every day.

And so it was. Ten minutes before we have to be ready he knocked on the bedroom door to ask if we wanted to go to Valle de Cocora. With everything set up in a hurry, we headed to the main square, where we bought breakfast and a few snacks for lunch and in no time we were on the back of a Willys, those mystical jeeps from the 50’s, which in these part of the world serves as public transportation.

The Cocora valley is one of the Salento area’s main attractions and is easy to realize why. Heading apace by the green pastures in the mountains, we were headed to a cascade of really really cold water, where some bathed easily than others. The path then continued upriver, sometimes on the shore, other on the stones, sometimes crossing suspension bridges, others waiting for some cows to pass or that everybody filled their bottle waters in the spring, and finally a steep climb took us to one of the peaks, where the view over the valley was wide and we reclaimed some well-deserved rest and catch our breath.

The descent was smooth, on a dirt road that would have been perfect for the bike, but still we went down quietly, stopping at each viewpoint, until we get to the wax palm area, the national tree of Colombia, which can reach the age of eighty, and is in danger of extinction due to deforestation for cattle.

The next day would be no less exciting, though still more instructive, with a visit to a nature reserve, created by an Englishman and a Colombian, where we learned about the guaduas, giant bamboos that grow in this area and can be used to building houses or furniture. The process involves cutting them in the right moon phase, because of the tides, allow it to dry, not cut the “mother”, and after several different acts they are finally ready to use, lasting about 25 years, but sometimes longer, if they are not exposed to the sun or the water.

The tour continued towards a coffee farm, where we cater our stock and a fantastic swim in the river, with the temperature several degrees above the previous day.

And what about Salento? It’s probably our favorite place in Colombia, with its colorful houses, its quiet tranquility, its spectacular mountain location, and trout available at all hours, a boon for fish lovers in this country where meat is king.

Advertisement

Deixe uma Resposta

Preencha os seus detalhes abaixo ou clique num ícone para iniciar sessão:

Logótipo da WordPress.com

Está a comentar usando a sua conta WordPress.com Terminar Sessão /  Alterar )

Imagem do Twitter

Está a comentar usando a sua conta Twitter Terminar Sessão /  Alterar )

Facebook photo

Está a comentar usando a sua conta Facebook Terminar Sessão /  Alterar )

Connecting to %s