Sempre vistas como o grande desafio dos Estados Unidos, as Rockies eram temidas ao mesmo tempo que eram bastante desejadas. Depois das grandes planícies do Kansas e do Colorado do Este, os nossos músculos precisaram de algum tempo para se adaptar a esta nova realidade que é passar o dia inteiro a subir. Já os nossos olhos não podiam estar mais contentes dada a grande beleza e variedade da paisagem e pela possibilidade de voltar a vislumbrar lá do alto.
O primeiro dia foi de grande dificuldade, de forma algo desprevenida não olhámos para o mapa com a atenção devida e vimo-nos praticamente sem água, no meio de um espaço desértico, a enfrentar temperaturas altas e grandes subidas. O meu desespero foi tão grande que me socorri de eletrólitos em pó sem qualquer água para os misturar.
Felizmente por volta das três da tarde conseguimos chegar à cidade de Wetmore onde amavelmente nos abriram as instalações de um salão de baile para enchermos as nossas garrafas com água e gelo. Depois do típico almoço de PBJ, ou seja peanut butter and jelly, ou seja, manteiga de amendoim com doce, ou seja, estamos a tornar-nos americanos a pouco e pouco, mas são alimentos que não precisam de refrigeração, facilmente transportáveis e com muita proteína (dizem os entendidos), onde é que nós íamos? Ah, depois do típico almoço, uma sesta de quinze minutos, na típica mesa de piquenique, e dizemos típica porque as mesas de piquenique, com os respectivos bancos incluídos, proliferam por todos os Estados Unidos, facto que as nossas costas muito simpaticamente agradecem.
Pois que depois foi hora de voltar à estrada, desta vez já a descer e de seguida por um enorme vale, onde a vegetação mudou drasticamente para terreno mais rural. Aliás, é de referir que, muitas vezes, um lado de uma montanha pode ser imensamente diferente do lado oposto, facto bastante observável dum selim de uma bicicleta. Chegados a Cañon City foi altura de procurar um sítio para dormir, optando desta vez por um simpático motel, e por partilhar o quarto com o Garry, o irlandês que nos tem vindo a acompanhar nos últimos dias da nossa viagem.
Always viewed as the great challenge of the United States, the Rockies were feared at the same time they were quite desirable. After the great plains of Kansas and Colorado, our muscles needed some time to adapt to this new reality of spend the entire day climbing. As for our eyes they could not be happier given the great beauty and variety of the landscape and the possibility of seeing form a big height again.
The first day was very difficult, we didn’t pay enough attention to the maps and found ourselves practically without water, in the middle of a desert space, facing high temperatures and large climbs. My despair was so great that I succored of electrolyte powder without mixing them with water.
Fortunately at about three in the afternoon we managed to reach the town of Wetmore where they kindly opened the ballroom so that we could to fill our bottles with water and ice. After a typical lunch of PBJ, aka peanut butter and jelly, we mean, we are becoming Americans little by little, but these are foods that do not need refrigeration, easily transportable and with much protein (experts say), where were we? Ah, after the typical lunch, a nap of fifteen minutes in the typical picnic table, we mean typical because the picnic tables, with benches included, proliferate throughout the United States, fact that our backs very nicely welcome.
Then it was time to hit the road again, this time going down now and afterwards in a huge valley where the vegetation changed dramatically to more rural terrain. In fact, it often happens that one side of a mountain can be vastly different from the opposite side, which is quite observable from a saddle of a bike. Ramblings aside, when we arrived in Cañon City it was time to look for a place to sleep, this time opting for a nice motel, and sharing a room with Garry, the Irish with whom we have traveled for the last days.
Saudades dos vossos posts!
🙂 saudades vossas!
Já tinha muitas saudades, apesar de ter o previlégio de saber algumas coisas pela mama.
Q tudo continue a correr bem, as dificuldades apimentam as historias e aumentam a experiência.
Bjinhos Celso, Menucha
Muito obrigada! Tivemos um pequeno intervalo mas vamos tentar escrever com mais regularidade
Beijinhos!